terça-feira, dezembro 05, 2006

D. FRANCISCO DO AVELLAR

Vila do Torrão.
Área do Castelo Medieval, do qual aparentemente não restam vestígios!...


Nota bibliografica segundo:
- Diogo Barbosa Machado, 1741, BIBLIOTHECA LUSITANA, TOMO II, pagina 113.


D. FRANCISCO DO AVELLAR natural da Villa do Torraõ, em a Provincia do Alentejo, taõ douto na Sagrada Theologia como em Direito Canonico, merecendo a veneraçaõ das mayores pessoas pelo seu grande talento, summa gravidade, e insigne Literatura. Sendo Deaõ da Cathedral de Portalegre, foy creado pelo Cardial Rey D. Henrique, Prior mòr da Ordem Militar de S. Bento de Aviz, cuja Prelazia administrou com zelo peo largo espaço de vinte annos. Vindo a Portalegre adoeceo taõ gravemente, que logo dispoz o seu testamento, em que ordenou fosse depositado o seu corpo no Convento das Religiosas Bernardas daquella Cidade, donde seria tresladado para o Convento de Aviz. Morreo junto do anno de 1599. Compoz.


Tractatus de antiquitate, et primordiis Ordinis Militaris Avisiensis. Esta obra remeteo com huma carta escrita no anno de 1595 ao insigne Theologo Fr. Manoel Rodrigues o qual a imprimio em o fim do Tom I Quaest. Regular impresso Salmantiae. 1600 intitulando a seu Author Reverendissimum, & de litteris maxime meritum. O Illustrissimo D. Rodrigo da Cunha cita a este Tratado in Comment ad Decret. C general dist. 54 n 90 e a Mgn. Bib. Ecclesiat Tom I Pag 217.


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Nota bibliografica de Fr. FRANCISCO DO AVELLAR
[1] segundo:
- Diogo Barbosa Machado, 1741, BIBLIOTHECA LUSITANA, TOMO II, pagina 113.

Fr. FRANCISCO DO AVELLAR Religioso, professo da Ordem de S. Domingos onde depois de ser Prègador passou á India por Missionario, assistindo alguns annos no Convento de Goa, foy mandado por Parocho de huma Igreja em os Rios de Sena em Moçambique, cujo lugar administrou com ardente zelo sendo Visitador, e Comissario Geral daquellas terras por nomeação do Tribunal do Santo Officio. Entre as muitas conversoens que fez naquella gentilidade foy a mayor a do Principe D. Diogo filho do Emperador de Monomotapa, o qual querendo conduzillo a Portugal em sua companhia se naõ efeituou esta jornada. Compoz.


Relaçaõ das Minas de prata da Ethiopia Oriental do Imperio de Monomotapa, e das cousas necessarias pertencentes para sustentaçaõ, e conservaçaõ dellas, e dos Rios de Cuama. M.S.


O original se conserva na Livraria do Convento dos Dominicos desta Corte, firmado com o sinal do Author. Nelle refere o grande fruto espiritual, que se póde colher daquellas terras, principal intento dos Reys de Portugal, em a conquista do Oriente, e a necessidade que hà nellas de Bispo por estarem muito remotas do Arcebispado de Goa. Ultimamente conclue com a grande conveniencia que este Reyno podia tirar das preciosas minas, que tem aquelle Imperio. Da obra, e do Author faz larga menção Fr. Pedro Monteiro Claust. Dom. Tom. 3 pag. 214 e 215